domingo, 30 de junho de 2013

O grito de um povo



Demorou, mas os brasileiros decidiram gritar na rua a fim de conseguir o que todos precisam: saúde, alimentação, educação e segurança.
Estranho que as reivindicações tenham começado por causa do aumento de vinte centavos nas passagens dos ônibus. Um dos componentes do “Passe Livre” disse na televisão que não havia mais necessidade do movimento participar das passeatas, pois eles foram atendidos com a redução das passagens.
Francamente, com tanto aumento abusivo, o da alimentação, por exemplo, eles foram às ruas por causa de vinte centavos! Tudo aumentou exageradamente, sem falar na corrupção que assolou o povo e ainda assola.
Por que não exigir que os corruptos devolvam o que roubaram? Muitos enriqueceram rápido demais! Condenar um homem rico, para ele, é melhor do que torná-lo pobre! É preciso recuperar o dinheiro desviado dos cofres públicos que foi parar no bolso dos novos milionários, gente sem consciência que não respeitou o cargo que o povo lhe deu através das urnas, povo esse que na maioria se consola com pouco sem olhar para os grandes problemas: hospitais inadequados, alimentos caríssimos, educação precária e segurança insuficiente.
Num País em que a maldade acontece a toda hora, em qualquer lugar, tendo como vítimas até crianças, não se pode esperar que passeatas para reivindicações transcorram num ambiente calmo. Existem pessoas que se controlam, outras, porém, são exacerbadas, não perdoam as roubalheiras, a crueldade, agem sob impulso, ainda que sejam homens honestos. E aí acontecem as depredações. Lamentável mas inevitável! Outros aproveitam o clima de angústia da maioria dos participantes para a prática de vandalismo. Cada caso é um caso.
Não é possível comparar os dias de hoje com os de ontem (Diretas Já!). Naquela época não havia corrupção. Os políticos não ficavam ricos esvaziando os cofres públicos, e o povo não estava a cada dia mais pobre. Cadê a justiça? 
Que País é este? Dão nome aos bois, mas deixam que eles pastem livremente em detrimento dos cidadãos que sofrem, morrem por falta do mínimo necessário a sua sobrevivência.    Pense nisto!

sábado, 22 de junho de 2013

Meu nome é Yan




 Você lembra que no ano passado contei neste blog minha história em capítulos? Todos que a leram se apaixonaram por mim. Recebi muitos elogios. Prometi voltar, e como promessa é dívida, aqui estou!
Minha dona, a Nelma, continua tratando-me bem, embora, às vezes, grita comigo. Atualmente, isto não acontece muito! Bem... acho melhor falar a verdade. Eu continuo aprontando. Já parei de comer os móveis. Nelma até mandou consertá-los. Mas outro dia, mordi num pedacinho do armário do nosso quarto. Ela viu e ficou muito brava! Espero nunca mais fazer isso, pois tenho dois anos.
Sou obediente. Mas por minha causa a Nelma em vez de colocar as almofadas no encosto das poltronas, coloca-as em cima, junto à parede, a fim de evitar que eu as puxe pro chão. Quase não como plantas, só de vez em quando Nelma tira alguma folha de minha boca. A vigilância continua severa. Você deve estar imaginando que não mudei nada! Garanto que melhorei bastante. Eu era terrível! Há, há, há!
Na semana passada, Mariana, a garota minha amiguinha, quis fazer um teste pra ver se eu já tinha esquecido as almofadas. Ajeitou-as no encosto de uma das poltronas. Tão logo acabou de arrumá-las, pulei na primeira almofada que foi parar no chão. Nelma tomou-a de mim e comentou com a Mariana que eu ainda não tinha me esquecido delas. Como eu sei que as almofadas não são brinquedos, às vezes, pegava uma e começava a latir até minha dona aparecer. Gosto de provocá-la!
A Melissa continua cuidando de minha beleza, quero dizer banho, tosa. Vou pra lá muito contente e saio de lá lindo e cheiroso. Ju e Clô, secretárias da Nelma, estão firmes aqui. Ah, lembra-se das cachorras Kika e Cacau? Como sempre ficam no quintal vigiando a casa. Agora que cresceu, a Cacau não quer brincar comigo, embora eu ainda corra atrás dela. A Kika finge que eu não existo, não mudou seu comportamento. É enjoada demais!!!
Minha dona descobriu que sou inteligente igual ao Tostão, aquele cachorrinho pequinês que virou livro, recorda-se dele? Tudo que eu quero olho pro local em que está, e ela pega pra mim se for permitido. E sei latir de maneira diferente pra expressar o que estou sentindo. Quando vai arrumar a casa, Ju coloca todos os meus brinquedos em cima de minha cama velha, e eu tiro tudo de dentro, atrapalhando a arrumação. Sempre brinco mais com o último brinquedo que Nelma me dá, pois sei fazer a diferença dele dos outros.
Nelma apaixonou-se pela minha raça Shih Tzu por causa de Nina, uma cachorrinha calma que quase não late. Essa é boa! Sou o oposto dela dela, ativo e barulhento. Só me pareço com a Nina por que gosto que cocem minha barriga.
Ah! Nelma já confia em mim, por isso pegou meu sofá-cama que estava escondido e o colocou pra eu dormir. Tentei brincar com ele; minha dona não deixou, explicando-me que era pra eu me deitar. E repetiu a ladainha: escondi o sofá-cama pra você não estragá-lo como fez com sua cama... Diante de tal argumento, resolvi obedecer. Às vezes, durmo nele. Sei até abri-lo, o que encanta o pessoal de casa.
Uma coisa é certa: com o passar do tempo, meus pelos cresceram e aumentaram de volume. Fiquei lindo! As pessoas dizem isso quando me veem. Outro dia, o irmão de Nelma falou que eu sou cachorro mais bonito que ela teve. Naturalmente concordou, pois ficou calada. Hum! E eu repito: “Santo de casa não faz milagre”!
Bem, amigo, vou ficando por aqui. Até de repente! Tchau... au...au!

domingo, 2 de junho de 2013



 “Não sintam vergonha quando, às vezes, os animais estão mais próximos de vocês do que as pessoas. Eles também são seus irmãos.” São Francisco de Assis. 

Li, gostei e passo pra você: Pedido dos animais:

Se nós servimos pra aplacar sua solidão,    pra que se sinta importante quando chega a casa,     pra protegê-lo da violência de seu semelhante,     pra que não passeie sozinho no fim da tarde,      pra proteger seus filhos quando não está por perto,      pra que se divirta brincando,      pra que seu coração não seja o único a bater em sua casa...
Se servimos pra trabalhar pra você...
Se servimos pra que seus olhos brilhem com a beleza de nossas plumas...
Se servimos pra sentir sua morte quando ninguém a sente.  Então não nos maltrate, não desconte seu aborrecimento em nosso corpo, não nos abandone nunca!
Cuide de mim e dos meus filhos como eu cuido de você e dos seus filhos. Seja meu amigo e serei eternamente grato. E o dia em que eu partir, chore de saudade e não de arrependimento por ter me maltratado.
Todos nós considerados irracionais temos sentimento. Somos um cão, um gato, um cavalo, um pássaro; enfim, somos todos os animais do mundo e aqui estamos pelas mãos de Deus.
Nossos olhos falam por nós. Observe! Tenha respeito e consciência!

“Meu nome é Yan”. Amigo, não se aborreça! Houve um problema no computador com relação a minha foto. Na próxima semana, se tudo der certo, vou enfeitar este blog com meu retrato e minhas mais recentes travessuras. Até lá!   Tchau...au...au