quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Obrigação dos ricos e dos pobres




“Os Virtuosos”, livro escrito pelo jornalista e cientista político Luiz Felipe D`Ávila, revela de que modo agiam os primeiros presidentes da República. Para estadistas como Prudente de Moraes, Campos Sales e Rodrigues Alves, a política nunca foi “um instrumento de fazer fortuna pessoal ou de se deliciar com os privilégios do poder”, como escreve D`Ávila. Neste livro, destaca-se o paulista e advogado Prudente de Moraes, primeiro civil eleito presidente da República, num pleito direto. Ele governou de 1894 a 1898, procurando cumprir a Constituição e defender o regime democrático. Suas decisões não eram tomadas para satisfazer interesses eleitorais. Prudente de Moraes agia com o pensamento voltado para o bem do seu País, defendendo as instituições e a democracia. Ele e outros estadistas usavam longas barbas que, naquela época, emolduravam rostos de homens honestos e cumpridores do dever.
Muitos e muitos anos se passaram desde então, e a política brasileira caiu num abismo, de onde só poderá ser tirada, se o povo souber escolher os futuros governantes, pois o povo é culpado de colocar no poder pessoas de índole má que só almejam o próprio bem.
O que leva grande número de brasileiros às urnas é a esperança de salvar o País tão maltratado ultimamente. Mas, em contrapartida, existem os eleitores que nada entendem do que está se passando no Brasil. Eles desconhecem que os benefícios recebidos só aconteceram por causa das próximas eleições.
Os beneficiados pelo governo estão mal informados sobre a realidade cruel que tomou conta deste País. Eles vivem num mundo de informações contrárias aos fatos reais.
Certa vez, um cidadão humilde disse no supermercado que ele e outros pobres estavam livres de pagar imposto, obrigação dos ricos. Alguém esclarecido que se encontrava no supermercado explicou-lhe que milhões de brasileiros iguais a ele também pagavam imposto em tudo que compravam... obrigação dos ricos e dos pobres! Será que o homem acreditou?
Aproveitando-se da ignorância de grande parte da população, governantes espertos sabem iludir o eleitorado simples. Assim a disputa pra quem não faz parte do poder e tem amor ao Brasil torna-se difícil. É uma luta desigual. Pessoas desonestas candidatam-se a cargos públicos e a reeleição. E se eleitos, vão novamente enganar os crédulos e acabar de vez com a população.  Pense nisto!

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