“Os Virtuosos”, livro escrito pelo jornalista e cientista
político Luiz Felipe D`Ávila, revela de que modo agiam os primeiros presidentes
da República. Para estadistas como Prudente de Moraes, Campos Sales e Rodrigues
Alves, a política nunca foi “um instrumento de fazer fortuna pessoal ou de se
deliciar com os privilégios do poder”, como escreve D`Ávila. Neste livro,
destaca-se o paulista e advogado Prudente de Moraes, primeiro civil eleito
presidente da República, num pleito direto. Ele governou de 1894 a 1898, procurando
cumprir a Constituição e defender o regime democrático. Suas decisões não eram
tomadas para satisfazer interesses eleitorais. Prudente de Moraes agia com o
pensamento voltado para o bem do seu País, defendendo as instituições e a democracia.
Ele e outros estadistas usavam longas barbas que, naquela época, emolduravam
rostos de homens honestos e cumpridores do dever.
Muitos e muitos anos se passaram desde então, e a política
brasileira caiu num abismo, de onde só poderá ser tirada, se o povo souber
escolher os futuros governantes, pois o povo é culpado de colocar no poder
pessoas de índole má que só almejam o próprio bem.
O que leva grande número de brasileiros às urnas é a
esperança de salvar o País tão maltratado ultimamente. Mas, em contrapartida,
existem os eleitores que nada entendem do que está se passando no Brasil. Eles desconhecem que os benefícios recebidos só aconteceram por
causa das próximas eleições.
Os beneficiados pelo governo estão mal informados sobre a
realidade cruel que tomou conta deste País. Eles vivem num mundo de informações
contrárias aos fatos reais.
Certa vez, um cidadão humilde disse no supermercado que
ele e outros pobres estavam livres de pagar imposto, obrigação dos ricos.
Alguém esclarecido que se encontrava no supermercado explicou-lhe que milhões
de brasileiros iguais a ele também pagavam imposto em tudo que compravam...
obrigação dos ricos e dos pobres! Será que o homem acreditou?
Aproveitando-se da ignorância de grande parte da população,
governantes espertos sabem iludir o eleitorado simples. Assim a disputa pra
quem não faz parte do poder e tem amor ao Brasil torna-se difícil. É uma luta
desigual. Pessoas desonestas candidatam-se a cargos públicos e a reeleição. E
se eleitos, vão novamente enganar os crédulos e acabar de vez com a
população. Pense nisto!
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