segunda-feira, 5 de março de 2012

MEU NOME É YAN (Sou o cachorrinho mais levado do planeta)

“Não sintam vergonha quando, às vezes, os animais estão mais próximos de vocês do que as pessoas. Eles também são seus irmãos.”         São Francisco de Assis *


                                                      
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Tenho um ano de idade, mas como diz minha dona um ano de travessuras.
Bem... Pra ser honesto, ela tem razão, mas só um pouquinho. Não adianta reclamar e me pôr de castigo.Que  castigo? Com vários brinquedos, fico num espaço grande composto de área, cozinha, quarto e banheiro. Nos meus primeiros meses de vida, permanecia calado por um tempo. De repente, começava a gritar. Aí, ela ia correndo me livrar do castigo.
Ah! O principal: sou um lindo cãozinho da raça Shih-tzu. Pelagem tricolor: branca, bege e preta.
Vou contar pra vocês o que aconteceu comigo desde o momento em que eu e minha irmã fomos deixados num petshop à espera de um comprador. 
--*-- 
Minha irmã rapidamente arranjou um dono, e eu continuei dentro do cercado sozinho durante uns dias. Estava desanimado quando ouvi:
– Nelma, venha ver o cachorrinho que você quer comprar!
Em seguida, essa pessoa me pegou no colo e me fez carinho. Agora vou sair daqui! Exultei com a ideia! Nelma perguntou:
– É fêmea?
– Não! – a outra respondeu.
– Já disse que prefiro fêmea!
Que antipatia! Por que a clientela da loja prefere fêmea? Pois eu tenho orgulho de ser macho! O papo entre as duas prosseguiu:
– Deixa de bobagem, Nelma! Este cachorrinho é lindo!
– Por que você não o compra, Mara?
– Agora, não!
– Então vamos embora!
Mara cuidadosamente me colocou no cercado, afagou minha cabeça e disse que eu ia encontrar um bom dono.
Elas saíram, e eu continuei ali muito triste.
Talvez Mara tivesse razão, mas esse bom dono tinha de aparecer depressa; caso contrário, não aguentaria por muito tempo aquela situação.

No próximo capítulo o que o destino me reserva.

* Foi um frade italiano.

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